Brevemente de volta!

Depois de muito tempo ausente, felizmente por motivos profissionais e académicos, espero brevemente poder contribuir para a divulgação e dignificação da Educação Social.



Até Breve!



ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM RISCO DE RUPTURA

A precipitação acumulada este ano é 54,5 por cento inferior à medida dos últimos 25 anos. Desde Agosto que praticamente não chove e às portas do Inverno, a cidade de Bragança corre o risco de ficar sem água.
A barragem de Serra Serrada, principal origem de abastecimento, está a 10 por cento da sua capacidade de armazenamento e os sistemas alternativos (Baceiro, Cova de Lua e estação elevatória do Sabor), estão em funcionamento desde o dia 3 de Novembro, em risco de esgotarem a sua capacidade em pouco tempo se, entretanto, não chover. Feitas as contas e atendendo a consumos médios diários de sete mil metros cúbicos de água, há garantias que as torneiras continuem a correr por menos de 50 dias. Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Bragança, pediu mais uma vez “contenção nos gastos” aos consumidores, mas acredita que isso não bastará. “Temos de equacionar o transporte de água de outros locais, através de camiões cisterna”, afirmou explicando que durante a seca de 2005, especialistas em hidrogeologia do Instituto Nacional da Água (INAG), estudaram a possibilidade de fazer furos artesianos a montante da barragem de Serra Serrada e “verificaram que essa possibilidade não existe”, disse.
As campanhas de sensibilização têm dado resultados e isso prova-se analisando os consumos dos últimos três anos. O número de contractos aumentou 16 por cento, o que representa três mil novos contractos, ao mesmo tempo que a média do consumo baixou na mesma proporção, 16 por cento. Estes resultados devem-se também à gestão mais eficaz do município que conseguiu reduzir as perdas na rede de 42,2 por cento em 2001, para 26,4 por cento em 2007.
Jorge Nunes insiste que este problema em Bragança é cíclico e só será ultrapassado com a tão almejada barragem de Veiguinhas: “Que é uma solução estudada e reivindicada há duas décadas”. Esta albufeira faz parte do projecto inicial de aproveitamento hidroeléctrico do Alto Sabor, mas tem merecido sucessivos chumbos por parte do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), por estar integrada na área do Parque natural de Montesinho. O primeiro chumbo aconteceu em 1998, o ICN deu parecer negativo à declaração de Impacto Ambiental e fez abortar o projecto. A autarquia não desistiu e submeteu os estudos a nova avaliação em 2005, merecendo uma nova reprovação.

Ana Fragoso
A Voz do Nordeste

Cabe a todos regular o consumo de água evitando o seu desperdicio

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