Brevemente de volta!

Depois de muito tempo ausente, felizmente por motivos profissionais e académicos, espero brevemente poder contribuir para a divulgação e dignificação da Educação Social.



Até Breve!



Caso " Gonçalo"

Foi aberta a instrução do processo relativo a uma queixa-crime contra a chefe do serviço de ginecologia e uma enfermeira da especialidade da unidade de saúde de Mirandela do Centro Hospitalar do Nordeste, apresentada pelos pais de uma criança que nasceu, em Fevereiro de 2003, com paralisia cerebral e uma incapacidade de 95%, acusando aquelas duas profissionais de saúde de negligência durante o trabalho de parto do seu filho. O caso tinha sido arquivado pelo Ministério Público, em Agosto deste ano, por chegar à conclusão que os indícios apurados não permitiam acusar ninguém.

Trata-se de uma espécie de reanálise do processo, mas desta vez feita por um juiz em vez de ser o Ministério Público. Este procedimento acontece cada vez que os queixosos não se conformam com o arquivamento dos processos, requerem a abertura da instrução, constituindo-se como assistentes do processo e pagando a respectiva taxa de justiça. Foi o que fizeram os pais do Gonçalo, a criança de quatro anos que necessita de assistência permanente, é alimentado através de uma sonda, tem periodicamente de ser aspirado devido aos problemas de insuficiência respiratória e desloca-se duas vezes por semana a Vila Real para trabalho de fisioterapia.

Na prática, o juiz de instrução criminal do tribunal judicial de Mirandela vai agora ouvir, no dia 31 de Outubro, os testemunhos de Pinto da Costa, que emitiu um parecer médico-legal a pedido dos pais da criança, e Paulo Moura, em representação do Instituto de Medicina Legal que também elaborou um parecer a pedido do Ministério Público na fase de inquérito. Finalizada a produção da prova, segue-se um debate instrutório com as partes envolvidas, sendo mais tarde proferida a decisão instrutória que pode resultar na pronúncia dos arguidos e consequente marcação de julgamento, ou então não pronunciar os arguidos e desta forma confirmar o arquivamento do processo já decidido pelo Ministério Público.

Recorde-se que, em Agosto, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) decidiu suspender, por noventa dias, a médica em causa por considerar que Olímpia Carmo actuou com “desleixo e incúria” no trabalho de parto, ao ter-se ausentado do hospital, quando estava em regime de presença física. No entanto, a obstetra recorreu desta decisão da IGAS, não sendo ainda conhecida a decisão, pelo que continua a exercer funções no Centro Hospitalar do Nordeste. O mesmo relatório decidiu arquivar o processo disciplinar instaurado à enfermeira especialista de saúde materna e infantil que assistiu o parto.

Fonte: CIR

Campanhas de voluntariado em Bragança


A Sub-região de Saúde de Bragança quer criar um banco de volutariado que possa servir os 12 Centros de Saúde do distrito. Nesta altura só cinco destas unidades já contam com este tipo de apoio: Alfândega, Mirandela, Miranda do Douro, Bragança e Vila Flor. Pouco mais de meia centena de pessoas prestam serviço de volutariado. O Centro de Saúde de Alfândegada da Fé, onde esta quarta-feira decorre um Seminário sobre “Voluntariado na Saúde Presente e Que Futuro”, é o que conta com o maior e mais antigo movimento de apoio de cidadãos locais.

Por norma os volutários realizam tarefas relacionadas com a prestação de informações e apoio aos utentes dos Centros de Saúde, contudo em Mirandela, o volutariado atinge uma tarefa específica no tratamento de doentes com Alzheimer. Está a decorrer uma campanha para novos voluntários. Os candidatos devem sujeitar-se a uma selação e formação específica. No concelho de Bragança, a Câmara pretende implementar em 2008 um banco de volutariado para prestar apoio nas instituições particulares de solidariedade social.

Nesta altura está a ser feito um levantamento das necessidadades de cada organismo, depois de cada uma das IPSS ter respondido a um inquérito nesse sentido. Os serviços municipais estão também a ter em conta o perfil de cada voluntário, para os adequar ás necessidades da instituição. As inscrições para o banco de voluntariado estão abertas em vários locais. Em 2008 o serviço deve estar no terreno, com uma primeira avaliação no final do primeiro semestre.

IPSS querem criar plataforma de intervenção social

Instituições e particulares pretendem criar uma plataforma que para desenvolver projectos de intervenção social inovadores na Área Metropolitana do Porto (AMP)

Segundo o padre Maia, presidente da Fundação Filos, a intenção é criar oportunamente a plataforma denominada 'Compromisso com a Inclusão', tendo o primeiro passo sido dado hoje com a apresentação da sua declaração de princípios.

O documento foi divulgado durante o seminário 'O 3.º Incluído - Nova geração de respostas sociais' a decorrer hoje no Porto, no âmbito das comemorações do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

A plataforma destina-se às «pessoas e populações que, vivendo em particular situação de vulnerabilidade social, não lhes é permitido o exercício pleno da cidadania», como toxicodependentes e idosos em situação de pobreza, refere a declaração de princípios.

O documento acrescenta que «a natureza multifacetada e complexa dos fenómenos sociais, em particular os que configuram dimensões de exclusão social, torna imperativo para os diversos agentes sociais a procura de novas formas de intervenção, designadamente as que se traduzem numa lógica de parceria e de partilha de recursos e saberes, em que a ideia de território de cooperação alargado se afirma em detrimento da abordagem local».

«As instituições constituintes vão reunir-se para delinear estratégias, prioridades e maneiras de actuação», afirmou o padre Maia, acrescentando que o objectivo é que cada um dos 14 concelhos da AMP tenha um representante na plataforma, que, para já, conta com a participação da Norte Vida, Associação Ermesinde Cidade Aberta e Fundação Filos, entre outras.

Acrescentou que a plataforma nunca irá intervir em algo que já existe, sendo o seu objectivo principal «procurar dar corpo aos novos modelos de intervenção social assentes em abordagens participativas, que fazem do outro excluído um par inteligente na discussão das estratégias, bem como na implementação de respostas sociais».

Um dos projectos que poderá mesmo avançar, referiu o responsável, «é procurar que os vazios urbanos sejam adaptados aos vazios humanos».

A ideia é aproveitar os prédios devolutos existentes na AMP e adaptá-los a equipamentos sociais, criando, por exemplo, residências partilhadas e residências assistidas.

Em defesa de novos projectos o padre Maia aproveitou a presença da governadora civil do Porto, Isabel Oneto, para desafiar o Governo a destinar um por cento do valor do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que chegará à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte para a AMP, designadamente para os eixos valorização do território e valorização de recursos humanos.

«Um por cento pode permitir fazer muita coisa na AMP», frisou, acrescentando que as instituições «cá estão para dar, depois, o seu contributo».

Na sua opinião, «enquanto nada se fizer não será possível erradicar a pobreza», frisando que muitas casas que estão entaipadas na AMP podem ser aproveitadas para criar uma rede de equipamentos sociais.

Lusa/SOL

CAP


A todos os colegas que concluíram a licenciatura em Educação Social, especialmente aos que a concluíram na ESEB (Escola Superior de Educação de Bragança), que desejem obter o CAP, não se deixem influenciar por aqueles que dizem que têm de frequentar o curso de formação pedagógica de formadores e dirijam-se ao IEFP para o requererem através da análise curricular da vossa licenciatura...

Para os mais desatentos, fica aqui a deixa: vários colegas que concluiram a MESMA licenciatura noutras instituições já obtiveram o CAP dessa forma...Para quem quiser frequentar o curso de formação pedagógica de formadores tenham em conta que existem várias entidades formadoras e que os preços variam bastante entre essas entidades...
Cumprimentos Sociais...

Integração/Inclusão social na etnia cigana


No ano lectivo 2006/07 um grupo de alunos finalistas do curso de EDUCAÇÃO SOCIAL da ESEB participu num projecto de acompanhamento de crianças de etnia cigana, conforme noticia da "voz do nordeste" a seguir reproduzida.

Para os alunos do mesmo curso e atodos os interessados fica o repto: Não deixem que o projecto pare: eles merecem e para quem participa, acreditem,é um trablho que nos permite descobrir o outo lado dos ciganos e que muito nos orgulha ter iniciado...

" Doze finalistas do curso de Educação Social, da Escola Superior de Educação de Bragança (ESE), estão a desenvolver, em regime de voluntariado, um projecto de acompanhamento e apoio de crianças de etnia cigana na escola EB1 dos Formarigos, em Bragança. Trata-se de uma projecto-piloto em todo o distrito, que está a ser desenvolvido em parceria com a Pastoral dos Ciganos de Bragança e coordenado pelo Agrupamento de Escolas Paulo Quintela, e que consiste num ATL para os filhos dos formandos dos cursos de Alfabetização, Higiene e Socialização, que estão a ser leccionados naquela Escola em regime pós-laboral.
O curso que é destinado à população cigana residente nas barracas junto à escola teve uma forte adesão e já decorre há dois anos com 18 formandos. Durante as aulas os filhos dos formandos ficam na sala ao lado, sob a orientação dos alunos da ESE.
Maria Cepeda, Professora e Coordenadora deste projecto, explicou que no primeiro ano, muitos formandos faltavam por não terem com quem deixar os filhos ou então levavam-nos com eles para não os deixarem sozinhos nas barracas e isso perturbava o funcionamento das aulas.
A parceria que surgiu de uma conversa entre uma finalista do curso de Educação Social e a responsável do Secretariado Diocesano da Pastoral dos Ciganos de Bragança, beneficia toda a gente na opinião de Maria Cepeda, já que consegue dar actividade curricular aos seus alunos enquanto as crianças estão entretidas na sala ao lado a fazerem os trabalhos de casa. Os voluntários estão a ajudar “numa causa humana extremamente importante como forma de inclusão social destas crianças, que actualmente ainda são discriminadas na escola e na sociedade”.
O jornal apresenta ainda o testemunho de uma formanda que afirma só ser possível ir ao curso de alfabetização porque os filhos vão para aquele espaço e que os mesmos estão a gostar muito. Também Valéria Benites, a impulsionadora deste núcleo de voluntariado, revela que a experiência está a ser muito gratificante “porque veio desmistificar a imagem que os ciganos são pessoas não gratas; pelo contrário são pessoas com muito para dar.” E recorda a necessidade de se ter em conta que os meninos ciganos “vivem em barracas com péssimas condições de higiene e, além disso, como não frequentam o ensino pré-escolar, é natural que não estejam ao mesmo nível das outras crianças em níveis de aprendizagem.” Para além dos trabalhos normais da sala já foram feitas outras actividades temáticas como um baile cigano e uma festa de Natal “com enorme sucesso”. As diversas voluntárias afirmam ao jornal estarem a gostar da experiência, chegando uma a apelar às autoridades para que envolvam a sociedade no voluntariado."

in A Voz do Nordeste 20/02/07 Imagem: http://www.jbschilling.com/words/gypsy.jpg