Calor coloca idosos e crianças em risco

Antecipando a estação mais quente do ano, o delegado de saúde do distrito de Bragança, Vítor Lourenço, apela à articulação dos cerca de 68 lares de idosos e 60 Centros de Dia com o objectivo de prevenir patologias e, mesmo, mortes provocadas pelas temperaturas elevadas. “As instituições devem dar as mãos e adequarem os meios às necessidades existentes”, sublinhou o responsável.
As crianças até aos cinco anos, idosos e doentes crónicos são considerados grupos de risco, pelo que acções de prevenção devem focar-se, essencialmente, nestas especificidades. O responsável alerta, ainda, para a vulnerabilidade das pessoas que moram isoladas, sobretudo idosas. “Além dos doentes crónicos, temos que ter em atenção as que estão sozinhas e necessitam de apoio”, realçou Vítor Lourenço.
Para fazer face a este grupo de risco, as entidades ligadas à saúde já disponibilizaram carrinhas de apoio domiciliário que auxiliam os idosos. “Se for preciso, trazemos para o Centro de Saúde uma pessoa acamada que tenha dificuldades na sua habitação”, salientou o responsável.

Sub-Região de Saúde de Bragança apresentou Planos de Contingência para as Ondas de Calor

De modo a prevenir patologias e, mesmo, mortes provocadas pela subida de temperaturas, a Sub-Região de Saúde de Bragança (SRSB) realizou, no auditório Alcínio Miguel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança uma sessão sobre os “Planos de Contingência para as Ondas de Calor” que decorreu na passada quarta-feira. O objectivo é evitar mazelas resultantes do aumento das temperaturas, bem como alertar a população para os perigos e factores de risco na época de calor. Para tal, a SRSB conta implementar Planos de Contingência em articulação com as autarquias, Centros de Saúde e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). “Queremos que as entidades sejam avisadas dos dias de maior risco, tomem precauções e estejam alerta”, sublinhou a coordenadora da SRSB, Berta Nunes.
Além das medidas de prevenção, a responsável referiu que vai ser implementado um registo permanente, de modo a ter noção do número de casos e patologias relacionadas com o calor.


Por: Sandra Canteiro (Jornal Nordeste)