Brevemente de volta!

Depois de muito tempo ausente, felizmente por motivos profissionais e académicos, espero brevemente poder contribuir para a divulgação e dignificação da Educação Social.



Até Breve!



GABINETE DE APOIO À FAMÍLIA

Serviço vai surgir brevemente em Bragança por iniciativa da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. Comissão acompanha actualmente cerca de 130 casos no concelho de Bragança.
Os problemas das crianças e jovens dizem respeito a todos e a comunidade deve estar especialmente atenta a possíveis situações de risco, “sinalizando os potenciais casos e avisando as instituições que trabalham especialmente nesta área”, diz Beatriz Calado, presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Bragança. Uma comissão que foi criada há 7 anos e que tem como principal missão, “promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral”. A comissão está dividida actualmente em três grupos de trabalho, “o primeiro dedicado a questões de abandono escolar, o segundo, a situações de maus tratos e o terceiro a focar atenções especiais na família”, revela a responsável. “Constituímos uma equipa multidisciplinar que assegura o acompanhamento de problemáticas diversificadas”, adianta. A CPCJ, acompanha actualmente cerca de 130 casos, “com alguma dificuldade, porque nenhum dos elementos está a tempo inteiro”, tornando-se já uma tarefa complicada assegurar essa atenção permanente todos os problemas que vão surgindo. “Temos no entanto esta missão para cumprir e com algum esforço e dedicação vamos conseguindo”, acrescenta realçando a componente de autêntico serviço de voluntariado dos elementos que compõe a comissão. “Por vezes não temos soluções”, restando apenas o caminho dos tribunais, “são os casos mais complicados e também os mais frustrantes para nós”, atenta.
“Muitas vezes quem precisava de acompanhamento eram os adultos e não as crianças”, sentencia Ana Maria Pires, técnica da CPCJ. “Daí a necessidade, a justificação e a importância do Gabinete de Apoio à Família que estamos a criar”, revela, justificando esta nova valência com a urgência de iniciar um trabalho de acompanhamento das famílias problemáticas, “de onde a qualquer momento podem surgir casos de crianças e jovens em risco”, alerta. Trata-se no fundo de um trabalho de prevenção, acima de tudo trabalhar valores na família que estão descurados e que não têm apenas a ver com carência económica, mas também com a transmissão de valores que nós achamos que isso está efectivamente a falhar”, completa.
O Gabinete, quando estiver a funcionar em pleno, vai trabalha várias áreas, dando apoio por exemplo a nível profissional, “contactamos o Centro de Emprego e as instituições parceiras da Comissão, muitas delas com empresas de inserção em funcionamento”, dando como exemplo, a representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social, neste caso a Santa Casa da Misericórdia, “podem ajudar a encontrar possíveis soluções quer a nível profissional, quer a nível económico”, adianta. “Em última instância, para nós é sempre a institucionalização, tentamos que isso não se verifique”, garante a técnica, apontando mais uma vez para o trabalho que não faltará ao Gabinete de Apoio à Família, que deverá entrar “muito brevemente” em funcionamento.
Mas não se julgue que o risco existe apenas para as crianças e jovens de meios sociais mais desfavorecidos, “há de tudo e em todas os estratos”, garante Beatriz Calado. “É por isso que o envolvimento de todos nesta tarefa é essencial, tanto escolas, como autarcas, como instituições e comunidade e geral, todos devem ajuda a promover o bem-estar das crianças e jovens”, exclama.
A sinalização pode ser feita por qualquer pessoa ou entidade, de forma anónima ou não, verbalmente ou por escrito.
Contactos: Telf. 273 300 844/273 300 840
Vítor Pereira
A Voz do Nordeste

Sem comentários:

Enviar um comentário