Brevemente de volta!

Depois de muito tempo ausente, felizmente por motivos profissionais e académicos, espero brevemente poder contribuir para a divulgação e dignificação da Educação Social.



Até Breve!



Licenciados procuram emprego no shopping

o centro comercial Fórum Theatrum, em Bragança, cerca de 70 por cento dos funcionários das lojas são licenciados ou estão prestes a terminar um curso superior.
Quando saem dos corredores das universidades ou dos institutos politécnicos, os jovens encontram uma realidade completamente diferente daquela com que sonharam. “Gosto muito do que faço aqui, mas a verdade é que não era o meu sonho quando decidi ingressar no curso de Gestão no Instituto Politécnico de Bragança”, afirma Joana Domingues, que é vendedora numa loja do Fórum.
Joana Oliveira, licenciada há dois anos, é outro dos testemunhos que espelha a desilusão dos jovens com formação superior, que se vêem obrigados a trabalhar como vendedores, caixeiros ou empregados de balcão. “Quando escolhi o curso de Educação Física nunca imaginei que iria trabalhar como vendedora”, desabafa.
Com o canudo na mão, procurar trabalho noutra área é uma opção para fazer face às despesas sem ter que continuar a pedir dinheiro aos pais.
“Assim sempre consigo ganhar algum dinheiro para suportar as minhas despesas. É melhor do que estar em casa”, confessa Carina Gomes, licenciada em Serviço Social, que desempenha funções como caixeira ajudante numa loja de pronto-a-vestir do shopping de Bragança.
Nos dias que correm, o certo é que ter uma licenciatura ou um mestrado até pode dificultar a vida a quem procura uma alternativa ao desemprego. “ Terminei a licenciatura em Engenharia Química há um ano, fiz dois anos de mestrado, mas acabei por desistir. Além de não me garantir emprego, ainda poderia ser mais complicado arranjar trabalho”, lamenta Teresa Bragança, que também abraçou a profissão de vendedora numa loja do Fórum Theatrum.

Licenciados engrossam as listas dos Centros de Emprego e Formação Profissional

Sabina Almeida trabalha como chefe de loja e também ainda não teve oportunidade de pôr em prática aquilo que aprendeu no curso de Gestão de Empresas. “Há alturas em que uma pessoa se sente mais em baixo, mas a esperança é a última a morrer”, desabafa. As remunerações também ficam abaixo das expectativas, mas, mesmo assim, há quem se considere com sorte. “É frustrante tirar um curso e fazer uma coisa completamente diferente, mas também é verdade que há pessoas que estão muito pior do que nós, porque nem numa loja conseguiram arranjar trabalho”, salienta Carina Gomes.
As histórias repetem-se, enquanto aumenta o número de licenciados disponíveis para efectuar tarefas para as quais só é pedido o 12º ano. “Todos os dias me aparecem licenciados à procura de um lugar como vendedores. Tenho aqui currículos de pessoas que têm mais do que uma licenciatura”, revela Ana Varge, responsável de uma loja do Fórum Theatrum.
Segundo uma responsável de um pronto-a-vestir naquele espaço comercial, só “na última entrevista eram 12 candidatos para um lugar e eram todos licenciados”.
De acordo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional 11.552 pessoas com formação superior encontravam-se sem ocupação no final do ano passado. O Norte é a região que regista um maior número de desempregados, com 4.418 licenciados à procura de emprego.
Teresa Batista
Jornal Nordeste

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